Somente no ano passado, 300 mil celulares foram indenizados pelas empresas seguradoras, de acordo com levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Neste cenário, o seguro de telefones celulares (smartphones) tem sido, cada vez mais, uma ferramenta ao consumidor de proteção contra roubos e furto qualificado por evidências. Um número crescente de usuários tem recorrido ao seguro de proteção a eletrônicos portáteis para cobrir eventuais prejuízos decorrentes da ação de bandidos.
O alto preço dos aparelhos e facilidade de uso como moeda de troca no mercado clandestino também fomentam a procura. Neste sentido, o volume de prêmios para este tipo de apólice cresceu 70% nos últimos 12 meses, passando de R$ 530 milhões em 2016 para R$ 900 milhões em 2017.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) bloqueou 1,6 milhão de linhas telefônicas no período. Desde o ano de 2010, foram mais de 9,2 milhões de ocorrências que levaram ao bloqueio das linhas, incluindo também casos de perda do aparelho.
O valor de um seguro de smartphone pode variar entre 15% a 25% do valor dos aparelhos. Por exemplo: um telefone comprado por R$ 2 mil pode ser segurado a um custo de R$ 500 pelo prazo de 12 meses, de acordo com a apólice. Os seguros de proteção de celulares incluem coberturas para roubo e furto com vestígio, o chamado “rompimento de barreira” (quando a bolsa é rasgada, por exemplo). Há também coberturas adicionais a danos físicos acidentais que afetam o funcionamento do telefone, danos por queda de líquido e oxidação, e problemas elétricos, entre outros casos que podem variar de acordo com o plano do representante de seguros.
De acordo com Marco Garutti, presidente da Comissão de Seguro Garantia Estendida e Afinidades da Fenseg, em 2018 os prêmios de seguro nesse produto facilmente irão superar a casa de R$ 1 bilhão. “Estimamos que mais de 350 mil celulares serão repostos ou reparados no neste período. O seguro de celulares e smartphones não necessariamente tem como canal exclusivo as lojas de rede varejistas. Pode ser encontrado através de um corretor de seguros e até mesmo operadoras de telefonia móvel”, explica Garutti. Ele também destaca que, em caso roubo ou furto, o segurado deve fazer o registro de ocorrência policial e pedir o bloqueio da linha telefônica o mais rápido possível.
Também de acordo com a Anatel, com bases em dados do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (Cemi) que integra dados das policias estaduais e do Distrito Federal, foram bloqueados 180.508 celulares. Os estados com maior índice de bloqueio são São Paulo 116.000 linhas; Rio de Janeiro 27.785 e Espírito Santo 10.179. Nestes estados, a contratação do seguro tende a crescer em 2018.
Fonte: http://cnseg.org.br/cnseg/servicos-apoio/noticias/seguradoras-indenizaram-mais-de-300-mil-celulares-segurados-em-2017.html